De onde vem o salmão consumido no Brasil?
O salmão tem se tornado um produto de consumo crescente no Brasil, conquistando cada vez mais espaço na mesa dos brasileiros.
Entender a origem desse peixe é fundamental não apenas para os consumidores, mas também para produtores rurais que possam se interessar em diversificar suas atividades.
O CEO da Cermaq Brasil, empresa líder mundial na produção do pescado, menciona um crescimento de cerca de 6% nos últimos cinco anos no consumo de salmão no Brasil
Esse aumento na demanda torna ainda mais relevante a compreensão da cadeia de produção e origem deste peixe tão apreciado.
A origem do salmão
O salmão não é um peixe nativo do Brasil. Ele é originário de regiões com águas mais frias, principalmente no hemisfério norte. Os principais países produtores de salmão são a Noruega, Chile, Canadá e Escócia.
Cada um desses países possui características únicas que favorecem a criação desse peixe. A Noruega, por exemplo, é conhecida por suas águas frias e limpas, ideais para o cultivo de salmão de alta qualidade.
O Chile, por sua vez, tornou-se um grande produtor devido às suas condições geográficas favoráveis e investimentos em tecnologia de aquicultura.
E de onde vem o salmão?
A rastreabilidade na cadeia de produção do salmão é de extrema importância para garantir a qualidade e a segurança do produto que chega ao consumidor final.
Nesse contexto, os selos de certificação de pesca sustentável, como o Marine Stewardship Council (MSC) e o Aquaculture Stewardship Council (ASC), desempenham um papel crucial.
Esses selos asseguram que o salmão foi produzido de acordo com práticas sustentáveis e éticas, garantindo não apenas a qualidade do produto, mas também a preservação do meio ambiente.
É importante destacar que a maior parte do salmão consumido no Brasil é proveniente do Chile – que representa 14% da produção global em cativeiro. De acordo com Melanie Whatmore, gerente da Salmón de Chile, o país alcançou a marca de 1.077.936 toneladas de peixes em 2023.
As fazendas de produção chilenas se desenvolveram significativamente nas últimas décadas, tornando o país o segundo maior produtor mundial de salmão, atrás apenas da Noruega.
A proximidade geográfica e os acordos comerciais entre Brasil e Chile facilitam a importação desse peixe, tornando-o mais acessível ao mercado brasileiro.
Salmão no Brasil: importação e aquicultura

O Brasil é o terceiro maior comprador de salmão chileno, ficando atrás apenas dos Estados Unidos e do Japão.
Aproximadamente 10% da produção chilena é destinada diretamente ao mercado brasileiro. Quanto à produção nacional, é importante esclarecer que o Brasil não possui condições naturais para a criação de salmão em larga escala.
As águas brasileiras são muito quentes para o cultivo desse peixe, que necessita de temperaturas mais baixas para se desenvolver e reproduzir adequadamente.
Apesar dos desafios naturais, existem algumas iniciativas de aquicultura de salmão no Brasil, embora em escala muito reduzida e com finalidades específicas, como pesquisa ou produção de alevinos. No entanto, essas iniciativas enfrentam grandes desafios técnicos e econômicos, o que torna a produção em larga escala inviável no país.
Regulamentação e legislação da produção e importação de salmão no Brasil
A produção e importação de salmão no Brasil são regulamentadas por uma série de leis e normas que visam garantir a qualidade e a segurança do produto para o consumidor. Os principais órgãos responsáveis pela fiscalização e controle sanitário são:
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa): responsável pela inspeção e fiscalização de produtos de origem animal.
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa): regula a rotulagem e os padrões de qualidade dos alimentos.
Secretaria de Comércio Exterior (Secex): controla os processos de importação.
Essas instituições trabalham em conjunto para assegurar que o salmão importado atenda aos padrões de qualidade e segurança alimentar exigidos pela legislação brasileira. Isso inclui a verificação de documentação, inspeção física dos produtos e análises laboratoriais quando necessário.
Além disso, o Brasil segue as diretrizes internacionais de segurança alimentar, como o Codex Alimentarius, que estabelece padrões globais para a produção e comercialização de alimentos.
Essas regulamentações visam não apenas proteger a saúde do consumidor, mas também garantir práticas comerciais justas no setor alimentício.
*Conteúdo gerado com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação Agro Estadão
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