Exportações do agronegócio somam US$ 15,6 bilhões em março
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) divulgou os resultados das exportações do agronegócio brasileiro em março. A soma foi de US$ 15,6 bilhões. Segundo a pasta, o resultado é o segundo melhor para a série histórica – que começou em 1997 – dos meses de março.
Comparado ao mesmo período de 2024, o faturamento é 12,5% maior. Quanto ao volume exportado, o país embarcou mais de 49 milhões de toneladas em produtos agropecuários. Houve um crescimento de 10,2%. Os dados da Agricultura são diferentes dos apresentados na semana passada pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), pois o Mapa analisa toda a produção do setor, o que inclui agroindústrias, por exemplo.
Na pauta de exportação, os principais segmentos foram:
- Complexo soja, com US$ 6,6 bilhões (42,4% de participação no total das vendas);
- Carnes, com US$ 2,4 bilhões (15,2% de participação);
- Produtos florestais, com US$ 1,6 bilhão (10,1% de participação);
- Café, com US$ 1,5 bilhão (9,7% de participação);
- Complexo sucroalcooleiro, com US$ 1,0 bilhão (6,6% de participação).
Alguns produtos tiveram desempenho menor comparado a março do ano passado. É o caso do algodão, que somou US$ 395,3 milhões (-18,6%) em faturamento e 239,1 mil toneladas (-5,4%) em volume. Segundo a pasta, “a redução nas vendas para a China (-US$ 235,4 milhões) foi o principal motivo para a queda nas exportações do algodão brasileiro”.
O açúcar também caiu. Foram exportadas 1,5 milhão de toneladas (-31,8%), que geraram uma receita de US$ 705,53 milhões. “A queda no valor exportado reflete não somente a redução da quantidade, como também no preço médio do item, que passou de US$ 505 para US$ 464 por tonelada”, apontou a nota técnica do ministério.
Alguns produtos tiveram exportações recordes na análise do mês de março na série histórica:
- Madeira compensada ou contraplacada: recorde em valor (US$ 96,5 milhões) e quantidade (166,2 mil toneladas);
- Pimenta piper seca, triturada ou em pó: recorde em valor (US$ 69,1 milhões) e quantidade (10,9 mil toneladas);
- Álcool etílico: recorde em valor (US$ 150,4 milhões);
- Café solúvel: recorde em valor (US$ 82,33 milhões);
- Óleo essencial de laranja: recorde em valor (US$ 49,8 milhões);
- Miudezas de carne bovina: recorde em quantidade (21,4 mil toneladas);
- Gelatinas: recorde em quantidade (4,8 mil toneladas).
Principais destinos
O ranking dos cinco principais destinos das exportações do agronegócio brasileiro tem:
- China, com US$ 5,7 bilhões (+13,6%);
- União Europeia, com US$ 2,2 bilhões (+16,6%);
- Estados Unidos, com US$ 1,4 bilhão (+44,5%);
- Turquia, com US$ 435,3 milhões (+77,6%);
- Vietnã, com US$ 323,6 milhões (+31%).
“De forma geral, o desempenho positivo nos cinco principais mercados foi puxado por produtos consolidados, como soja, café e celulose. O café, em especial, teve papel de destaque na alta de receita, graças à valorização no mercado internacional. Já o complexo soja, apesar da oscilação nos preços, manteve forte demanda, especialmente na China”, indicou o Mapa.
1º trimestre com US$ 37,8 bilhões
Com o fechamento de março, também é possível avaliar o primeiro trimestre do ano. Os dados divulgados pela Agricultura indicam um incremento de 2,1% em relação ao mesmo período do ano passado, o que resultou em um faturamento de US$ 37,8 bilhões.
Na comparação com as exportações gerais do Brasil no primeiro trimestre (US$ 77,3 bilhões), o agronegócio representou 48,9% de toda a soma registrada nesse período. Segundo a pasta, essa é a maior participação observada no acumulado de janeiro a março em toda a série histórica.
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