Fila de 1,2 mil caminhões em Porto Velho atrasa escoamento da soja

pátio lotado de caminhões

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Diante de uma safra volumosa estimada em 2,4 milhões de toneladas de soja em Rondônia, de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o escoamento enfrenta uma “situação caótica”. A avaliação é do diretor de administração da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Rondônia (Aprosoja-RO), Marcelo Lucas da Silva, em entrevista ao Agro Estadão. Segundo ele, a fila de caminhões parados na BR-364 esperando para descarregar no porto de Porto Velho chega a 1.200 veículos nas últimas duas semanas.

O terminal portuário absorve não apenas o escoamento da produção rondoniense, mas também o do noroeste de Mato Grosso, integrando o chamado Corredor Norte. “Esse ano, nós tivemos uma concentração de plantio e, consequentemente, uma concentração de colheita no final de fevereiro e início de março, o que culminou em um fluxo maior de cargas no porto”, explica Marcelo. “E aí tem motorista que fica quatro, cinco, até seis dias na fila para descarregar”, conta.

Colheita comprometida

Além do caos nas estradas, a dificuldade de escoamento, agravada pelo excesso de chuvas, está comprometendo os trabalhos de colheita. “A perda maior vai ser lá no campo, porque essa soja que vai para o porto, na grande maioria, já é uma soja padronizada. Então ela vai ficar em cima do caminhão três, quatro dias e não vai sofrer perda”, avalia.

Já a soja úmida, quando escoada diretamente para padronização no porto, pode sofrer perdas enquanto aguarda na fila. “Esse produtor está tendo perdas, porque o produto acaba perecendo em cima do caminhão”, pondera Marcelo.

Porto público de Porto Velho usa apenas 30% da capacidade, diz Aprosoja-RO

O terminal de Porto Velho abriga unidades portuárias de empresas privadas e um porto público, a Sociedade de Portos e Hidrovias do Estado de Rondônia (SOPH). Enquanto as unidades privadas operam em tempo integral, a SOPH é gerida por uma empresa privada por meio de concessão pública. “Essa empresa não usa a capacidade total do porto público. Então ele hoje acaba ficando ocioso, porque essa empresa faz uma reserva de mercado e não deixa outras empresas entrarem porque só ela tem a concessão”, explica o diretor da Aprosoja-RO.

Segundo ele, apenas de 25% a 30% da capacidade portuária do porto público de Porto Velho está sendo usado. “Nós, da Aprosoja-RO, tivemos uma reunião com o diretor do porto público na semana passada. Encaminhamos um ofício a ele solicitando esclarecimentos sobre o motivo de não estar sendo usada a capacidade total do porto. Estivemos com o representante da Comissão de Agricultura da Assembleia Legislativa para que ele leve essa pauta e abra uma discussão sobre o assunto”, ressalta.

A equipe do Agro Estadão entrou em contato com a Sociedade de Portos e Hidrovias do Estado de Rondônia para obter um posicionamento sobre a situação, mas não recebeu resposta até o fechamento da reportagem.

A previsão da Aprosoja é que os próximos dez dias continuem com um fluxo intenso de mercadorias até o porto rondoniense. “A colheita em Rondônia e em Mato Grosso está no final, está nos últimos 20%. Assim que acabar a colheita, acaba a pressão de embarque e há uma diminuição no fluxo, ou seja, volta o ritmo normal de embarque”, estima o diretor da Aprosoja-RO.

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"Pai orgulhoso do Davi e da Leonor, casado com a Roberta, minha parceira de vida e meu maior apoio. Como conservador, acredito profundamente na importância da justiça e do reconhecimento do esforço individual, valores que considero fundamentais para construir uma vida íntegra e significativa. Minha fé evangélica é o alicerce que sustenta minha existência, pois acredito que Deus é a razão e a fonte de tudo, guiando meus passos e dando propósito a cada escolha que faço. Vivo para honrar meus princípios e para cultivar uma vida baseada na verdade, na ética e no amor ao próximo, sempre buscando ser um exemplo para minha família e comunidade."

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