Já é a segunda vez em uma janela de pouco mais de um mês que um lançamento da empresa de Elon Musk apresenta problemas e causa uma “chuva” de detritos sobre a Terra Pela segunda vez consecutiva, um teste de voo do foguete Starship, da SpaceX, resultou em uma explosão não planejada e em uma “chuva” de detritos na Terra – as quais, por sorte, não feriram ninguém nem causaram grandes destruições em solo. A missão, que tinha como objetivo lançar novos satélites Starlink na órbita do planeta, foi lançada nessa quinta-feira (6) à noite, por volta das 20h30, no horário de Brasília.

De acordo com um comunicado emitido pela SpaceX, os cientistas nas instalações Starbase, localizada no Texas, nos Estados Unidos, perderam o contato com o foguete logo após nove minutos e meio que ele havia deixado a plataforma — um desfecho muito semelhante àquele visto no último voo experimental, no dia 16 de janeiro, em que o equipamento foi detonado antes mesmo de liberar sua carga.
A queda dos detritos pôde ser observada no céu por pessoas no litoral da Flórida e nas Bahamas.

Qual foi a causa do incidente?

No primeiro acidente, a empresa concluiu que o incêndio, seguido de explosão, foi resultado de um vazamento de propelente (combustível da nave). Ainda não se sabe se isso pode ter acontecido novamente, mas, em publicação no X (antigo Twitter), a SpaceX afirma que já está investigando o caso, em coordenação com a Administração Federal de Aviação (FAA).

“Durante a queima de ascensão da Starship, o veículo sofreu uma rápida desmontagem não programada e o contato foi perdido”, escreveu a empresa. “Revisaremos os dados do teste de voo para entender melhor a causa raiz. Como sempre, o sucesso vem do que aprendemos, e este voo oferecerá lições adicionais para melhorar a confiabilidade da Starship”.
Segundo a BBC, se tudo corresse como planejado, a nave espacial deveria reentrar na órbita da Terra sobre o Oceano Índico após uma hora de voo. Mesmo procurado, o bilionário Elon Musk, dono da SpaceX, ainda não se pronunciou sobre o assunto.