Impulsionada pela expectativa de safra cheia e pelo retorno gradual dos investimentos dos produtores, o Itaú BBA projeta melhora nas intenções de negócios para o setor de máquinas agrícolas em 2025. 

Segundo a instituição financeira, já há a liberação de investimentos que estavam represados. “Nos últimos anos, o produtor segurou a renovação do parque de máquinas, e agora já vemos um ritmo melhor de negócios e perspectivas mais animadoras. Efetivamente, o preço por saca não reagiu, mas a receita por hectare subiu bastante, dada a produtividade”, explica Pedro Fernandes, diretor de Agronegócio do Itaú BBA.

A perspectiva já é verificada pelo setor. De acordo com a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), nos dois primeiros meses de 2025, foram comercializados 7.326 tratores e colheitadeiras, alta de 43% em relação ao mesmo período de 2024. 

E, após dois anos de retração no mercado de máquinas e implementos agrícolas — 60.992 unidades vendidas em 2023 (-13%) e 48.897 unidades em 2024 (-20%) — a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos estima crescimento de 8,2% nas vendas do setor em 2025. Em 2024, o faturamento foi de R$ 60,4 bilhões, queda de 19,9% frente ao ano anterior, puxada pela quebra de safra.

Além disso, mesmo com a indefinição do Plano Safra 2025/26 e em um cenário macroeconômico desafiador, a Agrishow — maior feira de tecnologia agrícola da América Latina — anunciou R$ 15 bilhões em intenções de negócios para 2025. O valor representa um aumento de 10,2% em relação ao registrado em 2024.

“Estamos diante de mais um ano marcado por investimento, pela ampliação da nossa presença comercial e pela regionalização da operação no agronegócio. Nosso objetivo é reforçar, na prática, a vocação que temos para financiar o setor e seguir atendendo nossos clientes com conhecimento técnico e especializado”, afirma Fernandes, em nota. 

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