Lula diz que pode “tomar atitudes mais ásperas” para baratear alimentos
Após a última quinta-feira, 6, ter sido marcada pelo pacote de medidas para baixar os preços dos alimentos, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, indicou que o governo pode “tomar atitudes mais ásperas”. A declaração foi dada durante o discurso em um ato de entregas do Programa Terra da Gente, em Campo do Meio (MG), nesta sexta-feira, 7.
“A gente não quer brigar com ninguém. A gente quer encontrar uma solução pacífica e sem nada. Mas, se a gente não encontrar, a gente vai ter que tomar atitudes mais ásperas, porque o que interessa é levar a comida barata para o povo brasileiro. Ela [comida] pode ser barata pagando o preço justo ao produtor”, disse o presidente, após lembrar dos anúncios feitos nesta quinta.
Lula voltou a criticar os preços dos ovos e afirmou que há “atravessadores” entre o produtor e o consumidor que fazem o preço subir. “Eu quero encontrar uma explicação para o preço do ovo. Galinha não está cobrando caro”, ironizou. E voltou a enfatizar: “O ovo está saindo do controle. Uns dizem que é o calor, outros dizem que é exportação, e eu estou atrás [da resposta]”.
O pacote de medidas do governo tem como uma das ações uma equiparação entre os Serviços de Inspeção Municipal (SIM) com o Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (SISBI-POA). Na prática, a iniciativa permite que produtores municipais de alimentos com origem animal comercializem produtos para qualquer lugar do Brasil. Um dos produtos que podem se beneficiar disso são os ovos.
R$ 1,1 bilhão para compra de alimentos
Durante o evento, também houve o anúncio de R$ 1,1 bilhão para o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) neste ano. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) terá parte desse orçamento para aquisição de produtos vindos dos assentados.
A cerimônia também oficializou a entrega de 12.297 lotes em 138 assentamentos espalhados pelo País. A estimativa do governo é de 385 mil hectares foram entregues. O Executivo também pretende empregar R$ 1,6 bilhão para o Crédito de Instalação em 2025. O recurso pode ser tomado junto ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) para que os assentados possam construir casas ou iniciar atividade agropecuária no lote.
O ato contou, ainda, com a assinatura de sete decretos de desapropriação de terras para a Reforma Agrária. Ao todo, serão 13,3 mil hectares de área. As fazendas são: Ariadnópolis, Mata Caxambu e Potreiro, no Complexo Ariadnópolis (MG); Santa Lúcia, localizada em Pau-d’Arco (PA); Crixás, em Formosa (GO); São Paulo, em Barbosa Ferraz (PR); e Fazenda Cesa – Horto Florestal, em Cruz Alta (RS).
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