
A colheita de soja no Rio Grande do Sul atingiu 24% da área cultivada nesta quinta-feira (27), um pouco acima da média histórica de 22%, segundo o Informativo Conjuntural da Emater/RS-Ascar. A produtividade média estadual é de 2.240 kg por hectare, com variações significativas entre as regiões.
No Oeste do estado, região mais afetada pela estiagem, foram registradas perdas que inviabilizam economicamente a colheita. Já em partes do Planalto e nos Campos de Cima da Serra, as produtividades ultrapassam os 4 mil kg por hectare, em cultivos beneficiados por chuvas regulares.
No entanto, a falta de chuva em março ainda pode comprometer o potencial produtivo das lavouras que estão em fase de floração (4%) e enchimento de grãos (31%), agravando a já estimada redução de produtividade. O alerta também foi dado pelos consultores da Agroconsult após a conclusão da etapa soja do Rally da Safra.
Atualmente, 40% das lavouras estão em fase de maturação. Os técnicos da Emater/RS-Ascar relatam que o cenário predominante no estado é de intenso amarelecimento das folhas, associado aos sinais de envelhecimento, indicando a conclusão do ciclo da soja.
Em algumas lavouras, é necessário realizar a dessecação pré-colheita para garantir maior uniformidade, uma vez que o clima seco e as chuvas irregulares favorecem o rebrote, resultando em plantas com grãos verdes e secos ao mesmo tempo. Essa condição pode dificultar a colheita, prejudicar a qualidade do produto e, consequentemente, reduzir seu valor de mercado.
Segundo a Emater, outro fator de impacto da estiagem é a baixa umidade dos grãos, que está próxima de 13%. Em algumas regiões, os níveis chegam a 7%, caracterizando grãos extremamente secos. Além de comprometer os rendimentos, essa condição também eleva consideravelmente os danos mecânicos durante o processo de trilha.
Milho
A colheita de milho avançou para 80% da área plantada no Rio Grande do Sul, otimizada pela ausência de chuvas. Na mesma semana, em 2024, os produtores haviam colhido 72% da safra, abaixo da média histórica de 66% para este período. A produtividade média estadual é de 6.866 kg por hectare, uma queda de 3,5% nas projeções iniciais da Emater/RS-Ascar devido à estiagem.
Atualmente, 9% das lavouras estão em maturação, 9% em estágio reprodutivo (floração e enchimento de grãos) e 2% em desenvolvimento vegetativo, sendo de semeaduras tardias. Nas áreas remanescentes, a manutenção do potencial produtivo depende da estabilidade climática. Porém, a falta de chuvas em março ameaça o rendimento.
Segundo os técnicos da Emater, há relatos de sintomas de estresse hídrico em algumas regiões do estado. No entanto, a qualidade dos grãos permanece superior, com teores de umidade em torno de 13%, valorizando o produto nas unidades de recebimento. Essa característica do grão também otimiza o fluxo operacional nos armazéns ao reduzir a necessidade de secagem.
O post RS: colheita da soja avança para 24% apareceu primeiro em Agro Estadão.
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