Tecnologia é a chave para empresas brasileiras aumentarem produtividade, diz pesquisa
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As empresas brasileiras estão confiantes de que a tecnologia será o caminho para impulsionar a produtividade. Em primeira mão ao InfoMoney, a pesquisa global “How Possible Happens”, realizada pela Infor com 3,6 mil organizações em 15 países, mostra que 74% das companhias do país esperam aumentar sua produtividade em mais de 20% nos próximos 3 a 5 anos.
O dado está praticamente em linha com a média global, de 74,8%. No entanto, diante de um cenário de desafios econômicos, escassez de talentos e mudança no perfil demográfico da população, esse ganho passa, cada vez mais, por investimentos em tecnologia e processos digitais.
“A tecnologia é essencial para enfrentar desafios locais e globais”, afirma James Barroso, diretor de Estratégia da Infor. Para ele, o nosso país tem demonstrado capacidade de priorizar investimentos tecnológicos, sobretudo pela necessidade de se tornar mais competitivo em um cenário globalizado.
Aumentar produtividade sem aumentar equipes
Ainda assim, com a pirâmide etária brasileira prestes a se inverter até 2040 e a dificuldade crescente para contratar novos profissionais, as empresas precisam encontrar soluções para produzir mais com as equipes atuais. Nesse sentido, a automação de processos e o uso de tecnologias emergentes se tornam aliados importantes.
A pesquisa mostra que 79,3% dos empresários brasileiros pretendem aumentar seus investimentos em tecnologia em 20% ou mais nos próximos três a cinco anos — um número expressivo, embora menor que o registrado no México (83,3%).
Além disso, 80% das empresas brasileiras afirmam reconhecer que a adoção de tecnologias avançadas será fator-chave para o sucesso futuro. Entre essas tecnologias estão a inteligência artificial, o machine learning e a automação de processos.
Processos digitais e foco em eficiência
O estudo também identificou quatro pilares que sustentam empresas de alta performance: Processos e Sistemas, Agilidade e Preparação para o Futuro, Cultura de Dados e Foco no Cliente.
Por aqui, a automação de processos repetitivos e sem valor agregado foi apontada como um dos principais caminhos para melhorar a produtividade. As empresas também estão empenhadas em criar processos mais eficientes, estabelecendo indicadores-chave de desempenho e integrando tecnologias que possibilitem o monitoramento dos ganhos.
“O Brasil está evoluindo em aplicações específicas de dados, mas ainda precisa adotar uma mentalidade mais ampla para democratizar o acesso e uso de informações,” afirma Barroso. Segundo ele, isso passa por investimentos não apenas em tecnologia, mas também em educação e cultura organizacional.
Preparação para o futuro e cultura orientada por dados
As empresas brasileiras também reconhecem a importância de se preparar para as incertezas do mercado. Tecnologias capazes de prever eventos e permitir ações preventivas foram destacadas por executivos locais como ferramentas para garantir a resiliência dos negócios.
Nesse sentido, a criação de uma cultura organizacional baseada em dados aparece como diferencial importante. Os empresários destacam que suas equipes estão cada vez mais capacitadas para tomar decisões guiadas por dados e prever demandas futuras com base em análises mais robustas.
“A integração de automação, agilidade e dados oferece uma base sólida para as empresas se adaptarem ao cenário de negócios em constante mudança. No entanto, sem investimentos consistentes e uma cultura orientada por dados, será difícil alcançar o potencial total dessas ferramentas”, ressalta Barroso.
Foco no cliente como vantagem competitiva
Outro ponto em que o Brasil se destaca é na busca por estratégias voltadas ao cliente. O estudo mostra que empresas brasileiras estão investindo na criação de unidades de inovação focadas na experiência do cliente e no uso de ferramentas que permitem compreender melhor suas necessidades.
“Embora a América Latina esteja à frente em vários aspectos, desafios locais ainda persistem, especialmente no Brasil, onde avanços pontuais coexistem com barreiras estruturais”, afirma Barroso. Apesar disso, manter o cliente no centro das decisões segue sendo um diferencial competitivo importante para alavancar a produtividade.
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