Zerar alíquota de importação vai quebrar cadeias produtivas, critica Faesp

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Foto: Pixabay

A decisão do governo federal de zerar as alíquotas de importação para alguns alimentos, incluindo carne, café, milho, açúcar e azeite foi criticada pelo presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp), Tirso Meirelles.

Segundo ele, a medida, que pretende conter a alta no preço dos alimentos, terá reflexo em várias cadeias produtivas e “pode quebrar o setor agropecuário nacional”, motor da economia, responsável por sucessivos superávits da balança comercial.

Para Meirelles, o governo “perdeu a mão” da política monetária. “A inflação está em alta, os juros estão exorbitantes, a taxa de câmbio trará aumento do custo de produção. Não existe estoque regulador, não existe armazenamento, a infraestrutura é incapaz de atender a produtividade nacional, trazendo custos adicionais ao produtor rural e, consequentemente, ao valor final para o consumidor”, enumera.

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Segundo o presidente da Faesp, ao invés de o governo trabalhar para que o setor produtivo tenha competitividade, toma uma atitude que pode enfraquecer o campo. “A ação é ineficaz e certamente irá quebrar o produtor nacional. Nos primeiros meses do ano, o que estamos vendo é uma série de ações que penalizam aquele que trabalha para garantir o alimento de milhões de brasileiros e mais de um bilhão em todo o mundo”, frisou Meirelles.

Mais cedo, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, afirmou que a decisão de zerar a alíquota de importação de alguns produtos não deve prejudicar produtores locais.

“Nós estamos num momento onde você reduzir o imposto de importação ajuda a reduzir o preço. Nós não vamos, não está substituindo, você está complementando”, afirmou. Alckmin citou produtos que o Brasil depende de importação, como óleo de palma e azeite. Segundo ele, a produção nacional dos dois produtos é muito pequena.

Já Meirelles, da Faesp, ressaltou que o governo precisa de uma política de longo prazo para o setor agropecuário, com recursos para crédito agrícola, seguro rural e fomento à produção. Ele lembrou que há um ano vem reiterando a necessidade de medidas como as Farm Bills americanas, programa de médio e longo prazos, votado pelo Congresso dos Estados Unidos, com recursos e programas de apoio à produção.

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"Pai orgulhoso do Davi e da Leonor, casado com a Roberta, minha parceira de vida e meu maior apoio. Como conservador, acredito profundamente na importância da justiça e do reconhecimento do esforço individual, valores que considero fundamentais para construir uma vida íntegra e significativa. Minha fé evangélica é o alicerce que sustenta minha existência, pois acredito que Deus é a razão e a fonte de tudo, guiando meus passos e dando propósito a cada escolha que faço. Vivo para honrar meus princípios e para cultivar uma vida baseada na verdade, na ética e no amor ao próximo, sempre buscando ser um exemplo para minha família e comunidade."

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